sexta-feira, 11 de maio de 2012

Carta de um Coronel.


Batidas de um coração, pulsações fortes, o calor de um corpo, o abraço de quem se ama.
Uma lágrima rola do olho direito, molhando seu uniforme.
Suas finas mãos são passadas em meu rosto limpando as lágrimas que descem sem parar...
O vermelho vai tingindo a camisa que outrora era branca. O nome em seu peito, interrompido por um buraco, pequeno como um dedal mas tão mortal quanto um vulcão.
 As últimas ações de um verdadeiro campeão, de alguém que REALMENTE lutou pela vida, lado à lado com a morte e foi vencido pela mesma.
 Nas paredes apenas vão ficar as lembranças, as fotos que ilustram o sorriso de alguém que um dia lutou para viver.
O olhor triste e os olhos chorosos que o fitam sem parar, na esperança de que volte da terra do esquecimento, que volte dos mortos!
 
-- NÃO! ELA NÃO ACEITA! VOLTE, AGORA, EU ORDENO! VOLTE AGORA! É UMA ORDEM DE SEU SUPERIOR, SOLDADO! --

Mas ele nos deixa apenas com um olhar brilhante, banhado por lágrimas de um verdadeiro homem.

Não poderia ser assim...Deveriam viver para sempre!

Eles, nossos verdadeiros heróis!

                      Coronel Siqueira.

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