segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O sonho. Pt. 1

A noite caiu e o negro do céu escureceu toda a areia do mar..
Me levantei e fui ter com um dos poucos conhecidos a cerca de uma raiz de erva que precisava.
No meio do caminho fui surpreendido por uma forte dor de cabeça e tontura, a qual me levou ao chão..Um desmaio.
Em sonho, fui levado às mais loucas alucinações..Porém uma delas me deixou perplexo.
Estava eu caminhando em um deserto, e enquanto caminhava eu avistei um pequeno arbusto seco com um pedaço de algodão manchado de sangue..O vento o balançava e aquele vermelho vivo parecia me indicar uma direnção. Gritos que ecoavam naquele grande mar de areia..Mas..como poderia um som ecoar em campo aberto?! O sofrimento estava grande! Um choro angustiante de que estava sofrendo a dias...
Aquele grito entrava em minha mente e eu corria..corria em direção ao sangue..mas nada me fazia chegar até ele. Me deparei com um imenso mar vermelho. Grosso e estático. Pequenos filetes brancos preenchiam alguns lugares das superfícies e me indicavam uma direção. Não me atrevi a segui-los.
Contornando aos poucos aquele mar, vi faces submergindo..Os rostos iam ficando vermelhos e pouco a pouco o líquido ia escorrendo e os deixavam brancos como porcelana. Homens, Mulheres, crianças..Estruturas humanas compunham aquele cenário sombrio ao qual fui jogado sem pedir.
No final dessa imensa bacia vermelha havia um trampolim que se estendia até o meio.
Subi no mesmo, e caminhei sob a prancha..quando cheguei no final, um grande redemoinho se abriu e o grito voltou a ecoar. Aquele grito parecia triturar meus tímpanos,torci meus dedos, rasguei minhas vestes e fui pendendo para o centro do redemoinho..Caí! Mas quando fui chegar ao fundo, acordei com o cheiro forte de formol que passaram em meu nariz.
A luz fraca de uma vela iluminava o meu pequeno quarto, quando voltei a mim, percebi que quem me dera a volta foi uma moça..Como que num flash, vi seu rosto dentre as faces mergulhadas naquele grande mar de sangue...e quando fui prestar atenção, ela gritou e e tudo se escureceu.

Continua...

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